domingo, 27 de abril de 2014

CãeS1



Os cães sabem!
Exames de ressonância magnética 
do cérebro de cães 
revelam áreas de processamento de voz similares às dos cérebros humanos
Cães no Centro de Pesquisa MR, 
em Budapest. 
Crédito: Divulgação;
Quando você ouve a voz de uma amiga imediatamente vêm à sua mente 
a imagem dela, 
mesmo que não a veja. 
E a partir do tom da sua fala, 
rapidamente sabe se está feliz ou triste. 
Tudo isso é possível 
porque o cérebro humano 
possui uma área de processamento de voz.
Agora os cientistas,  por meio de exames 
de ressonância magnética 
em um grupo de cães, 
descobriram que os cérebros dos cachorros também têm áreas dedicadas 
ao processamento da voz. 
A descoberta ajuda a explicar 
como os caninos podem entrar em sintonia com os sentimentos dos seus donos.
“É uma pesquisa 
absolutamente brilhante, inovadora”, 
diz Pascal Belin, 
neurocientista da Universidade de Glasgow, Grã-Bretanha, 
um dos membros da equipe 
que identificou as áreas de processamento 
de voz no cérebro em 2000. 
“Eles realizaram 
o primeiro estudo comparativo 
usando primatas não humanos e 
fizeram isto com uma técnica não invasiva, treinando os cachorros 
para ficarem deitados e quietos 
dentro de um aparelho 
de ressonância magnética”.
Os cientistas já haviam demonstrado anteriormente que os humanos 
distinguem rapidamente um latido feliz 
de um triste dos cachorros. 
“Os cães e os humanos compartilham 
um ambiente social similar”, 
diz Attila Andics, neurocientista membro 
de um grupo de pesquisa 
da Academia Húngara de Ciências 
na universidade de Eötvös Lorándo 
em Budapeste e 
um dos principais autores do estudo. 
“De modo que nos perguntamos 
se os cães também tirariam 
alguma informação social 
a partir da voz humana”.
Para descobrir, 
Andics e seus colegas decidiram realizar 
uma ressonância magnética 
do cérebro canino 
para ver como ele processa 
diferentes tipos de sons, 
incluindo vozes, latidos e ruídos naturais. 
No caso dos humanos, 
a área de processamento de voz 
é ativada quando ouvimos 
outras pessoas falarem e nos ajuda 
a reconhecer a identidade 
de quem está falando e 
captar o conteúdo emocional da sua voz. 
Se os cães tivessem 
áreas de processamento de voz, 
isso significaria 
que essa capacidade não está limitada e humanos e outros primatas.
Assim, 
a equipe treinou 11 cães a se deitarem e 
se manter quietos num exame 
de ressonância magnética do cérebro deles, ao mesmo tempo colocando fones de ouvido para eles ouvirem os sons e 
 proteger seus ouvidos. 
“Eles adoraram fazer isto”, 
disse Andics, acrescentando, 
que os proprietários dos animais, 
estavam presentes, 
premiando-os com biscoitinhos e carinho. 
O scanner captou imagens 
da atividade cerebral dos cães, 
enquanto ouviam cerca, 
de 200 sons humanos e caninos, 
incluindo gemidos, gritos, 
latidos de alegria e risadas. 
Os cientistas em seguida, 
examinaram os cérebros de 22 humanos,  ouvindo o mesmo conjunto de sons. 
Tanto cães como humanos 
estavam despertos durante o exame.
As imagens revelaram 
que os cérebros dos cães têm áreas 
de processamento de voz e 
que a voz é processada da mesma maneira que no cérebro humano, 
diz a equipe que reportou o estudo 
no site online da revista Current Biology. 
E como essas áreas 
de processamento de voz  
são encontradas em locais similares 
do cérebro de cães e de humanos, 
os cientistas sugerem que provavelmente 
elas evoluíram pelo menos 
há 100 milhões de anos, 
quando humanos e cães compartilharam 
um ancestral comum, um insetívoro. 
De fato, alguns acham 
que as áreas do cérebro 
que processam sons vocais 
pode ser descobertas em mais espécies.
Mas, quando essas áreas 
foram descobertas pela primeira vez 
nos humanos, 
a ideia era que eram especiais e 
de algum modo ligadas especificamente 
à evolução da linguagem. 
“E no caso dos animais?”, 
indaga Andics.
A resposta, acha ele, 
está no que os exames também revelaram: semelhanças surpreendentes 
na maneira como os cérebros humano e canino processam sons 
emocionalmente carregados. 
Sons de alegria, 
como a risada de uma criança,  
fizeram o córtex auditivo primário 
de ambas as espécies ilumina mais 
do que no caso de sons desagradáveis, 
como a tosse cavernosa de um homem. 
“Isso mostra que cães e humanos 
têm mecanismos similares no cérebro 
para processar o sentido social do som”, 
diz Andics, notando que outra pesquisa mostrou que os cães 
“reagem mais à maneira 
como dizemos alguma coisa 
do que ao que dizemos”. 
A semelhança do processamento auditivo “ajuda a explicar porque 
a comunicação vocal 
entre as duas espécies 
é tão bem sucedida”.
Mas existem diferenças também. 
Os pesquisadores descobriram 
que no caso dos cães, 
48% das regiões auditivas do cérebro respondem de maneira mais intensa 
aos sons do ambiente, 
como o ruído do motor de um carro, 
do que a vozes. 
Nos humanos, ao contrário, 
apenas 3% das regiões do cérebro sensíveis ao som iluminam mais 
no caso de sons não vocais. 
“Isto mostra o que fortemente sintonizado 
o córtex auditivo humano 
está com sons vocais. 
No caso dos cães é mais heterogêneo”.
Mas é a similaridade na maneira 
como cães e humanos processam 
as informações emocionais da voz 
que os pesquisadores 
acham mais interessante. 
“Eles confirmaram o que 
qualquer dono de um cão sabe 
- que seus animais são sensíveis 
ao tom de voz de uma pessoa”, 
diz John Marzluff, 
biólogo na Universidade de Washington 
em Seattle. 
E mais importante ainda, 
o estudo “nos conscientiza que 
nosso maravilhoso cérebro 
é sob muitos aspectos 
um produto de nosso passado 
evolucionário distante”, 
concluiu ele.
Tradução de Terezinha Rachel Martino
Fonte: Folha de São Paulo 
 




























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